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segunda-feira, 16 de março de 2015

Passarinhos, pássaros e passarões Por Rui Lopo - Barreiro-PT....(Portugal)




Passarinhos, pássaros e passarões
Por Rui Lopo
Barreiro

Passarinhos, pássaros e passarões<br />
Por Rui Lopo<br />
BarreiroNeste primeiro "cheirinho", desafio o leitor a um passeio a alburrica, aqui mesmo no nosso Barreiro, e depois de percorrer as margens das caldeiras, pelos caminhos de areia ou pelos passadiços, tente perceber que espécies por ali ocorrem

Há muitos anos me dedico a observar aves. Coisa estranha esta a que fui habituando desde pequenino e depois de algumas "judiarias", naturais da tenra idade (adoro passarinhos fritos, mas não lhes "toco" desde os 14 anos), ás aves que fui procurando conhecer. Dentro e fora do concelho, depois com a sorte que a vida me foi proporcionando, dentro e fora do país (fora infelizmente sobretudo em terras de "nuestros hermanos").

Descobri que as aves são um excelente argumento para conhecermos muitas coisas, o país, a flora, a geologia, o clima, a genética, os comportamentos, um verdadeiro poço de informação para cruzar conhecimento, para ler, investigar, perceber. São excelentes tópicos de investigação que nos permitem tantas vezes explicar as coisas mais práticas da nossa vida comum.

É o que procurarei fazer com alguma regularidade, escrever sobre aves no rostos. Uma intenção com alguns anos, e que após um ensaio num extinto órgão de comunicação social local, (sim, nem só as aves se extinguem!) volto a repetir, relacionar as aves, os sítios, a nossa vida e assuntos quotidianos, livros, sons, e tantas outras coisas que a natureza, particularmente as aves nos têm para comunicar.

É que as aves têm rostos! Estão felizes ou tristes, chamam a nossa atenção ou ignoram-nos. Há os pavões como tanta gente que conhecemos, ou os abutres que também nos cruzamos com eles, os pombos que sujam tudo, e aqueles que cantam bem mas não alegram. Tantas e tantas características que assuntos não faltarão.

Neste primeiro "cheirinho", desafio o leitor a um passeio a alburrica, aqui mesmo no nosso Barreiro, e depois de percorrer as margens das caldeiras, pelos caminhos de areia ou pelos passadiços, tente perceber que espécies por ali ocorrem. Depois do aquecimento, investigue a Quinta do Braamcamp e procure uma ave maioritariamente preta, com umas manchas brancas, particularmente no peito, cauda comprida, alguns reflexos "azul-petróleo" e de verde brilhante, e voo do tipo "hesitante".

Estará perante uma Pega-rabuda (Pica pica), aqui muito fora do seu habitat típico. Aliás em vários anos a observar aves, nunca vi mais nenhuma mais perto, a não ser na Arrábida. Quem frequente o alto Alentejo facilmente a observa à beira da estrada, nos postes, nas árvores desfolhadas. A sua presença é regular no país, mas apenas com uma abundância significativa no alto Alentejo, sendo no resto do país, localizada e menos abundante.

É uma ave muito curiosa, esperta, familiar dos Corvídeos, e cuja presença aqui no Barreiro nunca percebi muito bem, mas que deverá estar relacionada com a ocupação da própria quinta, que manteve alguma ruralidade compatibilizada com a produção corticeira, uma hoje remota natureza rural do Barreiro.

São apenas hipóteses que procuram explicar a presença desta família de Pegas-rabudas nesta bonita zona do nosso concelho, que nos proporciona uns bons passeios, e que merece ser usufruída por todos.

Bons passeios e boas observações.

Rui Lopo, Ornitólogo praticante

Fonte: http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=11000214&mostra=2&seccao=opiniao&titulo=Passarinhos-passaros-e-passaroes-

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