Recall na política
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Por: Wederson Maioli em: 13/06/2008
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Nos Estados Unidos da América (EUA), existe o “recall na
política”, onde, comprovada a inépcia (incapacidade, inabilidade) no
exercício do cargo é possível que eleitores revoguem - através do voto - o
mandato político representativo. Não confunde-se o recall com referendo,
neste, o eleitor é obrigado a votar diretamente em tema específico, a
exemplo, do referendo sobre desarmamento ocorrido em outubro/2005. O recall
funciona como uma espécie de avaliação do “mandato político” podendo ocorrer
depois dos dois primeiros anos da legislatura. Não é uma nova eleição, o
recall, resume-se, na aprovação ou reprovação do atual mandato político que,
reprovado, deverá ser reconstituído sem delongas judiciais, não comprometendo
o funcionamento da administração pública e a continuidade do mandato
representativo. No caso de ser inserido no ordenamento jurídico eleitoral
brasileiro o recall poderá dar ao eleitor a oportunidade de dizer “não”, mais
cedo, aos políticos que desviarem-se da plataforma apresentada durante campanha
eleitoral. Movimentos que lutam pela inclusão deste mecanismo no sistema
político brasileiro, afirmam efusivamente que, o recall é um promissor
instrumento contra os maus políticos e a favor da democracia participativa.
Através do recall podemos fortalecer o controle social dos mandatos e cassar
o político que não vêm cumprindo com suas obrigações antes que estes cheguem
ao final do mandato. Com a inclusão do recall na legislação eleitoral os
políticos são forçados a pensar “duas vezes” - exigir que pense “mil vezes”
seria querer de mais - antes de cometer improbidade administrativa. Duvido
que a maioria destes chegue ao final do mandato caso o recall passe a vigorar
no Brasil!
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http://www.avozdocidadao.com.br/detailMuralCidadao.asp?ID=224&pagina=3
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